terça-feira, 10 de setembro de 2013

Exportações de mel do Brasil cai devido ao sumiço das abelhas


O Brasil caiu da 5ª para a 10ª colocação mundial em exportação de mel nos últimos dois anos. O motivo foi o abandono das colmeias na região produtora mais importante do país, o Nordeste. Em 2012, alguns estados registraram queda de 90% na produção e o abandono de colmeias chegou a 60%. “A queda no Nordeste reflete diretamente nas exportações nacionais de mel. A região é uma das maiores produtoras e exportadoras do país” explica Maria de Fátima Vidal, coordenadora de estudos e pesquisas do Etene (Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste).
Cerca de 46 mil pequenos apicultores em nove estados nordestinos vivem da atividade e, juntos, respondem por 40% da produção de mel no país – em épocas com índice normal de chuva. Por trás do sumiço das abelhas está a seca que atinge a região há pelo menos 24 meses.
Além das alterações climáticas, bactérias e uso de agrotóxicos são citados como causas da mortalidade das abelhas no Brasil. Mas a falta de documentação sobre o desaparecimento de enxames dificulta o trabalho de controle e monitoramento da situação. (Fonte: Terra)

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

PRÊMIO AMIGO DO MANGUE

Participe da premiação às instituições que agem em defesa dos manguezais

Mais informações no site: www.centroescolamangue.org



domingo, 25 de agosto de 2013

Brasileiro inventor de luz engarrafada


    Em 2002, o mecânico Alfredo Moser de Belo Horizonte, encontrou a solução para iluminar a própria casa em um dia de corte de energia utilizando garrafas plásticas pet com água e uma pequena quantidade de cloro.
    Nos últimos dois anos, sua ideia já alcançou diversas partes do mundo e deve atingir a marca de 1 milhão de casas usando a “luz engarrafada”.
    O processo funciona pela refração da luz do sol em uma garrafa de dois litros cheia d’água. Deve-se adicionar 2 tampas de cloro à água da garrafa para evitar que ela se torne verde (por causa da proliferação de algas). Em seguida insere a garrafa em um espaço na telha feito com furadeira. O encaixe da garrafa cheia d’água é feita de cima para baixo. Para evitar vazamentos, se chover, deve-se usar cola de resina para prender as garrafas no telhado.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Construção Sustentável


O Conselho Internacional da Construção – CIB aponta a indústria da construção como o setor de atividades humanas que mais consome recursos naturais e utiliza energia de forma intensiva, gerando consideráveis impactos ambientais. Além dos impactos relacionados ao consumo de matéria e energia, há aqueles associados à geração de resíduos sólidos, líquidos e gasosos. Estima-se que mais de 50% dos resíduos sólidos gerados pelo conjunto das atividades humanas sejam provenientes da construção. Tais aspectos ambientais, somados à qualidade de vida que o ambiente construído proporciona, sintetizam as relações entre construção e meio ambiente.

Na busca de minimizar os impactos ambientais provocados pela construção, surge o paradigma da construção sustentável. No âmbito da Agenda 21 para a Construção Sustentável em Países em Desenvolvimento, a construção sustentável é definida como: "um processo holístico que aspira a restauração e manutenção da harmonia entre os ambientes natural e construído, e a criação de assentamentos que afirmem a dignidade humana e encorajem a equidade econômica". No contexto do desenvolvimento sustentável, o conceito transcende a sustentabilidade ambiental, para abraçar a sustentabilidade econômica e social, que enfatiza a adição de valor à qualidade de vida dos indivíduos e das comunidades.
                       
Os desafios para o setor da construção são diversos, porém, em síntese, consistem na redução e otimização do consumo de materiais e energia, na redução dos resíduos gerados, na preservação do ambiente natural e na melhoria da qualidade do ambiente construído.  

Recomenda-se:
 - Mudança dos conceitos da arquitetura convencional na direção de projetos flexíveis com possibilidade de readequação para futuras mudanças de uso e atendimento de novas necessidades, reduzindo as demolições;
- Busca de soluções que potencializem o uso racional de energia ou de energias renováveis;
- Gestão ecológica da água;
- Redução do uso de materiais com alto impacto ambiental;
- Redução dos resíduos da construção com modulação de componentes para diminuir perdas e especificações que permitam a reutilização de materiais.

Além disso, a construção e o gerenciamento do ambiente construído devem ser encarados dentro da perspectiva de ciclo de vida. (Fonte: MMA)

domingo, 11 de agosto de 2013

Emissão de gases de efeito estufa não tem redução efetiva em 2012

SÃO PAULO – O inventário do Programa Brasileiro GHG Protocol, estudo desenvolvido pelo Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas, mostra que, no ano passado, a emissão direta de gases que provocam o efeito estufa não teve redução efetiva. Foram emitidos 71,6 milhões de toneladas de gás carbônico. Houve queda de 35% no total de emissões em relação a 2011, mas isso ocorre porque uma grande organização que participava da pesquisa deixou de publicar seu inventário em 2012.

O programa, que completa cinco anos, conta com a participação de 106 organizações. Entre os setores com maior representatividade estão a indústria de transformação (35% das organizações), as atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (11%), a eletricidade e o gás (7%) e a construção (7%).

As emissões diretas de gases são as provenientes de fontes controladas pela empresa, como de combustão em caldeiras, fornos, veículos, emissões do processo produtivo, emissões de sistemas de ar condicionado e refrigeração.

O levantamento traz também o volume de emissões indiretas de energia adquirida, provenientes da aquisição de energia elétrica e térmica. Essas emissões ocorrem fisicamente no local onde a energia é produzida, mas são de responsabilidade indireta da organização que a consome. No ano passado, a emissão foi 4,8 milhões de toneladas. Em 2011, a mesma fonte havia somado 3,3 milhões de gás carbônico.

Segundo o estudo, o aumento na emissão ocorre em função de recentes decisões do planejamento energético nacional de aumentar a contribuição de fontes não renováveis de energia na matriz brasileira (como termoelétricas a gás natural e a carvão). Isso gera um aumento nas emissões de gases associadas ao consumo elétrico.

Um terceiro grupo mostrado pela pesquisa foi o de emissões indiretas, que são as atividades não controladas pela organização, mas que ocorrem em consequência de suas atividades. Nele, foram emitidos 282,9 milhões de gás carbônico em 2012.
Por Fernanda Cruz  (Agência Brasil)

Capturados 7 tubarões, dois deles agressivos

Publicado no Jornal do Commercio, em 7 de agosto de 2013.
Depois de seis dias no mar, o barco Sinuelo, da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), retornou ontem com um saldo de sete tubarões capturados. Esse é o maior resultado desde que a embarcação retomou as atividades com recursos do governo do Estado.
Foram sete meses sem financiamento e o repasse, de R$ 1,8 milhão, só saiu após a morte da turista Bruna Silva Gobbi, 18 anos, no dia 22 de julho na Praia de Boa Viagem, Litoral Sul do Recife. A Secretaria de Defesa Social nega a vinculação entre a retomada do convênio e o ataque.
Dos sete animais, cinco receberam marcas e foram liberados, segundo a universidade com vida, em alto-mar. A equipe do Sinuelo encaminhou, pela manhã, um flamengo e um cabeça-chata de 2,66 metros, considerado de espécie agressiva, para estudos na UFRPE. “O objetivo da pesquisa não é a captura, e sim a coleta para estudos e a soltura em local distante da costa”, esclarece o coordenador do projeto, o engenheiro de pesca Fábio Hazin. “A morte é acidental.”
A taxa de mortalidade dessa expedição, realizada entre as Praias do Paiva, no Cabo de Santo Agostinho, e Pina, no Recife, é de 28%, índice considerado alto por Fábio Hazin, professor do Departamento de Pesca. Ele atribui os óbitos ao estresse da captura. “Nossa meta é atingir 0%”, informa. Para isso, o projeto adquiriu 150 hook timers, tipo de cronômetro que indica a hora em que o tubarão fisgou o anzol.
Analisando os dados do equipamento, colocado na linha, o que evita que seja danificado pela mordida do peixe, a equipe pretende planejar melhor o despesque. “Além disso, estamos fazendo inspeções noturnas para verificar se há animais capturados. Assim podemos embarcar o peixe para as análises e soltá-lo o mais rápido possível”, esclarece.
O Sinuelo é dotado de espinhéis, cabo em que são fixadas linhas com anzóis na ponta. São dois espinhéis, cada um com quatro quilômetros e 100 anzóis. Outra medida para reduzir a taxa de mortalidade é aumentar a oxigenação da água do tanque em que o animal permanece a bordo até a soltura.
Na expedição anterior, o Sinuelo fisgou três tubarões, dois tigres – espécie agressiva – e um lixa, considerado inofensivo e na lista de espécies de peixes ameaçadas de extinção. Nessa, a equipe contabilizou no total um tigre, dois flamengos, um cabeça-chata e três lixas.
O tigre e cabeça-chata receberam marcas acústica e de monitoramento por satélite, além de uma plástica com o nome da UFRPE e telefone para contato. As duas espécies são apontadas como as principais responsáveis pelos ataques, que já somam 59, com 24 mortes, desde 1992.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Casca de banana pode despoluir água contaminada por agrotóxicos
         

           Cascas de banana trituradas podem ser usadas na remediação de águas poluídas por agrotóxicos. Esse poder de despoluir a água por um custo zero foi descoberto por uma equipe de cientistas liderados pela pesquisadora Claudineia Silva, do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena) da USP, em Piracicaba.

            Para chegar nessa conclusão, os pesquisadores coletaram amostras nos rios Piracicaba e Capivari, e na estação de tratamento de água da cidade. Nesses rios, as águas ficam poluídas pelos agrotóxicos atrazina e ametrina, muito usados em plantações de cana-de-açúcar e milho.

            Em seguida, os pesquisadores secaram cascas de banana maduras em um forno a 60ºC por um dia, resultado que também pode ser obtido ao expor o material ao Sol durante uma semana. Após essa primeira etapa, as cascas foram trituradas e peneiradas. O processo gerou um pó de consistência parecida com a de uma ração. Esse material foi, então, misturado com a água, agitado por 40 minutos e filtrado. “A reposta foi ótima. Essa biomassa conseguiu absorver 90% dos pesticidas”, afirma a pesquisadora.
            Esse método tem uma vantagem sobre procedimentos tradicionais. Atualmente, os tratamentos de água não são suficientes para remover resíduos de agrotóxicos de tal forma a atingir o padrão de potabilidade e evitar riscos à saúde humana.